sexta-feira, 5 de outubro de 2007

o sol que nunca se põe

espasmos constantes
hipnótica sensação de sobriedade
a luz do sol que nunca se põe
distorce meus pensamentos nebulosos
à merce de uma vingativa sombra
que insiste em assombrar minha libído
um fantasma perdido no deserto da pseudo-revolução
que iniciei anos atrás
e que a falta de coragem ou disciplina
me fez abortar..
transformei sujeira em alimento
e fé em algo repulsivo
caminhando por espinhos
sinto a catarse do meu sangue
jorrando por arenosa plantação
sinto tontura... sinto frio: um suor frio
emudecendo multidões desprovidas de benfeituras
encerrando um ciclo complexo de tormentas e lucidez
um erro que perpetua outro
seu perdão frio nada significa pra mim...


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