abraça-me ... como a corda que rodeia seu pescoço
minha doença não tem cura
meu vício não se propaga
tenho o dom de transformar
minha culpa em escudo
meu pessimismo em uma arma contra a
decepção.
brindemos a dor que consegui compartilhar
contigo,pois, o vinho já transborda em nossas taças.
lágrimas de pan... orvalho da solidão...
tentei cultivar promessas
petrificaram-se.
agosto está chegando
e traz consigo tempestades emocionais.
de olhos vendados eu toco teu sexo
exalando o desejo de não ficar só...jamais
teu sangue me aquece e certifica
que não haverá vida,
que meu vírus não se perpetuará.
sexta-feira, 27 de julho de 2007
segunda-feira, 23 de julho de 2007
gatilho
A MALDIÇÃO SE REFLETE
NOUTRA FORMA DE PODER
RESQUÍCIOS DA GUERRA
VENCIDA POR INIMIGOS
PROMESSAS INSANAS
ATINGEM MEUS SONHOS
SUA CARIDADE
CARREGA SEGUNDAS INTENÇÕES
DISPARANDO A ESMO
PRECES E PALAVRÕES
E SEU OLHAR MÓRBIDO
RECRUTA MULTIDÕES
A LUZ NEGRA QUE ESPALHA
INCOMPREENSÃO
ESCONDE AS SOMBRAS
DE DEMÔNIOS PASSIONAIS
QUE LUCRAM COM CADA
CORPO DECOMPOSTO
E OS MORTOS EMERGEM
SOBRE PEDESTAIS
SUA INTEGRIDADE FERIDA NÃO OFERECE SOLUÇÃO
A ESPERANÇA É UM ALVO
O RISCO É SUA RAZÃO
NOUTRA FORMA DE PODER
RESQUÍCIOS DA GUERRA
VENCIDA POR INIMIGOS
PROMESSAS INSANAS
ATINGEM MEUS SONHOS
SUA CARIDADE
CARREGA SEGUNDAS INTENÇÕES
DISPARANDO A ESMO
PRECES E PALAVRÕES
E SEU OLHAR MÓRBIDO
RECRUTA MULTIDÕES
A LUZ NEGRA QUE ESPALHA
INCOMPREENSÃO
ESCONDE AS SOMBRAS
DE DEMÔNIOS PASSIONAIS
QUE LUCRAM COM CADA
CORPO DECOMPOSTO
E OS MORTOS EMERGEM
SOBRE PEDESTAIS
SUA INTEGRIDADE FERIDA NÃO OFERECE SOLUÇÃO
A ESPERANÇA É UM ALVO
O RISCO É SUA RAZÃO
quarta-feira, 18 de julho de 2007
a flor e a naúsea
Preso à minha classe e a algumas roupas,
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?
Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.
Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas em ênfase.
Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
Resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida
Todos os homens voltam pra casa.
Estão menos livres mas levam os jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem
Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que me ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.
Por fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista. Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou a poucos uma esperança mínima.
Uma flor nasceu na rua!
Passem longe, bondes, ônibus, rios de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor... (Carlos Drummond de Andrade)
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?
Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.
Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas em ênfase.
Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
Resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida
Todos os homens voltam pra casa.
Estão menos livres mas levam os jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem
Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que me ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.
Por fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista. Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou a poucos uma esperança mínima.
Uma flor nasceu na rua!
Passem longe, bondes, ônibus, rios de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor... (Carlos Drummond de Andrade)
quinta-feira, 12 de julho de 2007
nautika
Despida de pudor e sacana o suficiente pra causar comentários maldosos na vizinhança, ela adora ir à praia mais distante e exibir minúsculos biquínis coloridos que se fundem com sua pele macia e dourada como o entardecer. Ao notar que está sendo observada, costuma fazer bocas e poses pra chamar ainda mais a atenção. Outro dia estava ela em uma banca de jornal folheando distraidamente umas fofocas ,trajando seu biquíni verde- limão ainda molhado do mar.Quando se apercebeu que o jornaleiro a olhava voluptosamente, ela sorriu e separou as pernas suavemente para lhe oferecer mais nítida visão.Assim era a mais bela e formosa Vênus do canal 2.
Domingo à tarde, num desses verões de quase 40. Fevereiro ou março, não me recordo ao certo. Voltava ela de ônibus em trajes de banho protegida por uma canga transparente que nada ocultava. O ônibus estava cheio e ela cedeu seu banco a uma senhora idosa. Parada após parada o amontoado de gente crescia e ela se sentia presa e excitada.Seus pés mal tocavam o piso e ela temendo cair, segurava-se com as duas mãos no corrimão superior.Cercada por homens salgados pelo mar e sedentos pelo cheiro de sua excitação, que a todo momento encostavam seus membros intumescidos na sua pela já despida da canga protetora.O sacolejo do circular fazia seu corpo enrigecido tremular e tornava sua respiração ofegante.De súbito, um descontrolado sujeito,tirou o pau de dentro do calção e começou a esfregar em sua perna .Ato que foi seguido por outro homem que a circundava e por outro , agora à sua frente.Sem encontrar resistência, aliás o prazer dela era notório, afinal ela adorava ser objetivo da imaginação masculina, eles aumentavam o ritmo das investidas .Mais afoito que todos, um senhor de uns 60 e poucos que estava sentado num banco próximo à cena ,esticou o braço enrugado e desamarrou a parte de baixo do biquíni da beladona, deixando à mostra tão escultural traseiro e pêlos pubianos estrategicamente delineados.O frisson foi total .A moça ensaiou um gemido logo contido pelo rapaz que se posicionava atrás dela. O mesmo tentava exaustivamente adentrar seu instrumento fálico na extasiada moça!Sem obter sucesso devido ao extremo balançar do carro, o rapaz não suportou e ejaculou na bunda da bela N. Em seguida, vendo tal manifestação, os demais “encochadores “ fizeram o mesmo, tornando a perna roliça e torneada da meretriz casual uma verdadeira enchente de esperma.Agora sem conter os gemidos e rebolando pelo desejo, pelo tesão e pelo movimento bruscos das freadas, N também gozou profunda e intensamente.
Chegando a sua parada, conseguindo recuperar apenas a canga, desceu rapidamente para não ser seguida e com um sorriso sacana no rosto lindo e juvenil, correu até o quarto confessar-se com seu diário e masturbar-se novamente, ao som de canções natalinas, sob o pôster do behemoth ...
Domingo à tarde, num desses verões de quase 40. Fevereiro ou março, não me recordo ao certo. Voltava ela de ônibus em trajes de banho protegida por uma canga transparente que nada ocultava. O ônibus estava cheio e ela cedeu seu banco a uma senhora idosa. Parada após parada o amontoado de gente crescia e ela se sentia presa e excitada.Seus pés mal tocavam o piso e ela temendo cair, segurava-se com as duas mãos no corrimão superior.Cercada por homens salgados pelo mar e sedentos pelo cheiro de sua excitação, que a todo momento encostavam seus membros intumescidos na sua pela já despida da canga protetora.O sacolejo do circular fazia seu corpo enrigecido tremular e tornava sua respiração ofegante.De súbito, um descontrolado sujeito,tirou o pau de dentro do calção e começou a esfregar em sua perna .Ato que foi seguido por outro homem que a circundava e por outro , agora à sua frente.Sem encontrar resistência, aliás o prazer dela era notório, afinal ela adorava ser objetivo da imaginação masculina, eles aumentavam o ritmo das investidas .Mais afoito que todos, um senhor de uns 60 e poucos que estava sentado num banco próximo à cena ,esticou o braço enrugado e desamarrou a parte de baixo do biquíni da beladona, deixando à mostra tão escultural traseiro e pêlos pubianos estrategicamente delineados.O frisson foi total .A moça ensaiou um gemido logo contido pelo rapaz que se posicionava atrás dela. O mesmo tentava exaustivamente adentrar seu instrumento fálico na extasiada moça!Sem obter sucesso devido ao extremo balançar do carro, o rapaz não suportou e ejaculou na bunda da bela N. Em seguida, vendo tal manifestação, os demais “encochadores “ fizeram o mesmo, tornando a perna roliça e torneada da meretriz casual uma verdadeira enchente de esperma.Agora sem conter os gemidos e rebolando pelo desejo, pelo tesão e pelo movimento bruscos das freadas, N também gozou profunda e intensamente.
Chegando a sua parada, conseguindo recuperar apenas a canga, desceu rapidamente para não ser seguida e com um sorriso sacana no rosto lindo e juvenil, correu até o quarto confessar-se com seu diário e masturbar-se novamente, ao som de canções natalinas, sob o pôster do behemoth ...
jardim das obrigações
EU NÃO SEI DIZER: ”TE AMO!”.
NÃO COM TODAS AS PALAVRAS
EU ESCARRO FELICIDADE
AO VER QUE A SOLIDÃO ME EMOCIONA
E FORTALECE MEUS PECADOS
ENTERREI MEU CORAÇÃO
NO JARDIM DAS OBRIGAÇÕES
REPLETO DE FLORES MORTAS
ONDE CULTIVO O SEXO BESTIAL
A MORTE DO PUDOR
A REPULSA PELA PUREZA
E O DESPREPARO DE MEUS PAIS
A MÁCULA NA MINHA ALMA
NÃO ESCONDE MEU DESEJO
POR UM BEIJO SUJO DA
VADIA MAIS BONITA POR QUEM
NUTRI MEUS SONHOS JUVENIS
NAS CINZAS DAQUELES A QUEM NÃO
PERDOEI
EU CHOREI MEUS TRISTES VERSOS
APRENDI A ARREPENDER-ME
E DIZER QUE NÃO AMEI...
NÃO QUEIMEI... NÃO AMAREI.
NÃO COM TODAS AS PALAVRAS
EU ESCARRO FELICIDADE
AO VER QUE A SOLIDÃO ME EMOCIONA
E FORTALECE MEUS PECADOS
ENTERREI MEU CORAÇÃO
NO JARDIM DAS OBRIGAÇÕES
REPLETO DE FLORES MORTAS
ONDE CULTIVO O SEXO BESTIAL
A MORTE DO PUDOR
A REPULSA PELA PUREZA
E O DESPREPARO DE MEUS PAIS
A MÁCULA NA MINHA ALMA
NÃO ESCONDE MEU DESEJO
POR UM BEIJO SUJO DA
VADIA MAIS BONITA POR QUEM
NUTRI MEUS SONHOS JUVENIS
NAS CINZAS DAQUELES A QUEM NÃO
PERDOEI
EU CHOREI MEUS TRISTES VERSOS
APRENDI A ARREPENDER-ME
E DIZER QUE NÃO AMEI...
NÃO QUEIMEI... NÃO AMAREI.
quarta-feira, 11 de julho de 2007
iris
escuro...
a dor e a solidão abraçam-na
escrava de prazeres tão cruéis quanto o amor
desfaz-se à sombra dos anos
coração encravado de espinhos e da certeza
que a felicidade tem asas e voa para longe...
muito longe.
insaciável...
a cama vazia, os olhos estranhos
fitando-a como a navalha que corta seus pulsos
pecado é apenas um conceito mundano
amor é abstrato demais para satisfazê-la
ausência é abster-se
e você não é muralha.
romantica...
derradeira imperfeição
contrastando com seus olhos pródigos e esperançosos
sua pele nunca mais foi tocada por demônios do alvorecer
e os anjos não ousam beijar-te de forma tão vulgar
eterna é a dor,
semenado a próxima decepção
os iguais tornam-se opostos em algum momento da vida.
a dor e a solidão abraçam-na
escrava de prazeres tão cruéis quanto o amor
desfaz-se à sombra dos anos
coração encravado de espinhos e da certeza
que a felicidade tem asas e voa para longe...
muito longe.
insaciável...
a cama vazia, os olhos estranhos
fitando-a como a navalha que corta seus pulsos
pecado é apenas um conceito mundano
amor é abstrato demais para satisfazê-la
ausência é abster-se
e você não é muralha.
romantica...
derradeira imperfeição
contrastando com seus olhos pródigos e esperançosos
sua pele nunca mais foi tocada por demônios do alvorecer
e os anjos não ousam beijar-te de forma tão vulgar
eterna é a dor,
semenado a próxima decepção
os iguais tornam-se opostos em algum momento da vida.
sábado, 7 de julho de 2007
sexta-feira, 6 de julho de 2007
quinta-feira, 5 de julho de 2007
3/4
esquivo-me dos caminhos certos
para sentar-me à beira da fogueira
e adorar deuses anfetamínicos.
tenho as asas de azazel e a
coragem para beijar a leprosa boca
da perdição
entoando cânticos de sexo e violência gratuita
a torpeza alegria lava as almas
vendida ao demônio minutos atrás.
infestado de indignação
cercado por cães adoecidos e
manequins mutilados,
danço ú durante o velório de meus filhos
natimortos:
sanidade nunca foi minha maestrina.
agora deito-me,munido de tinta e papel
escrevo versos abomináveis e
os dizeres sem sentido de lápides
de suicidas>
para sentar-me à beira da fogueira
e adorar deuses anfetamínicos.
tenho as asas de azazel e a
coragem para beijar a leprosa boca
da perdição
entoando cânticos de sexo e violência gratuita
a torpeza alegria lava as almas
vendida ao demônio minutos atrás.
infestado de indignação
cercado por cães adoecidos e
manequins mutilados,
danço ú durante o velório de meus filhos
natimortos:
sanidade nunca foi minha maestrina.
agora deito-me,munido de tinta e papel
escrevo versos abomináveis e
os dizeres sem sentido de lápides
de suicidas>
quarta-feira, 4 de julho de 2007
holofótes negros
"a política é apenas um reflexo da miséria.
a liberdade reintera e condiciona,os pensamentos são
desilusões de escravidão.
trilhando pelas sombras da cegueira ,os rastros de sua patética vida continuam fortes.
o mundo é uma série de jaulas e pessoas são nações de presidiários.nenhuma escolha oferece solução." (paul pavlov -assuck)
a liberdade reintera e condiciona,os pensamentos são
desilusões de escravidão.
trilhando pelas sombras da cegueira ,os rastros de sua patética vida continuam fortes.
o mundo é uma série de jaulas e pessoas são nações de presidiários.nenhuma escolha oferece solução." (paul pavlov -assuck)
terça-feira, 3 de julho de 2007
os anjos de augustus
(para meu p...)
a culpa não faz sentido
piedade não tem lugar
me alegra saber que seus bronquios estão
supurados pela fumaça de outrora
que suas veias envenenadas levam dor
à seu coração
o fedor de suas feridas alimenta minha esperança
compaixão tem um preço
muito alto para mortais
sua fétida carne não me enoja
sua doença é a vida e se tornou
um espinho em meu caminho
mesmo as flores indígenas não me acalmam
toda paz regressará quando sua partida se aproximar
sorrio para a morte ao seu lado e peço que ela
se apresse.
a culpa não faz sentido
piedade não tem lugar
me alegra saber que seus bronquios estão
supurados pela fumaça de outrora
que suas veias envenenadas levam dor
à seu coração
o fedor de suas feridas alimenta minha esperança
compaixão tem um preço
muito alto para mortais
sua fétida carne não me enoja
sua doença é a vida e se tornou
um espinho em meu caminho
mesmo as flores indígenas não me acalmam
toda paz regressará quando sua partida se aproximar
sorrio para a morte ao seu lado e peço que ela
se apresse.
segunda-feira, 2 de julho de 2007
vênus
Induzindo espíritos à lugares incomuns
cometendo pecados desconhecidos
pelo simples prazer de ver sua repulsa
estampada em sua gélida face
como um sorriso maquiavélico
como a morte de um anjo
descrevo minha fonte de inspiração
como a vênus de um brodel sujo e barato
a beira do abismo social que rege minha
pútrida vida e meus medos infantis
repulsivo embrião de uma violenta paixão
esquecida na estrada dos devaneios ocasionais
cometida à luz de velas negras
de pensamentos mórbidos
e indagações inconsequentes...
cometendo pecados desconhecidos
pelo simples prazer de ver sua repulsa
estampada em sua gélida face
como um sorriso maquiavélico
como a morte de um anjo
descrevo minha fonte de inspiração
como a vênus de um brodel sujo e barato
a beira do abismo social que rege minha
pútrida vida e meus medos infantis
repulsivo embrião de uma violenta paixão
esquecida na estrada dos devaneios ocasionais
cometida à luz de velas negras
de pensamentos mórbidos
e indagações inconsequentes...
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