quinta-feira, 2 de agosto de 2007

divagações

Em lugares diferentes assistimos a mesma versão de peças fracassadas
Olhamos ao redor de nossos jardins e vemos o quanto o passado cresceu
Mergulhamos nas gotas doces da depressão, mas, ficamos imunes à sua seiva.
Santificados pelo medo e pelas frustrações que nos acompanham
Divagamos ao lado de lápides de desconhecidos
Inalamos o odor da primavera como o de um rio poluído
Aconchegamos nossos corpos fétidos em esgotos sociais
Vivemos à margem, mas, à margem de que?
O chão estava duro e gelado e decidi me agrupar aos camundongos
Não derrame suas lágrimas por mim e por meus declínios
Sempre haverá outra chance pra eu mostrar o quão inúteis são os retornos.

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