quinta-feira, 9 de agosto de 2007

mulher (para minha mãe)

Renascendo com a tua beleza e caridade
Nos teus olhos tão sofridos eu vi a falta que te fez a solidão

A estrela que repousa sobre tua cabeça
É pesada e a faz adormecer
Lentamente vamos ao encontro de nossas frustrações

Recebemos o dom divino de termos lágrimas
Tão sadias e tão sádicas

Nunca quisestes prometer, pois,
Da tua boca a ilusão é maestrina
E a dor de ter que repetir por cem mil anos
Que a altura de teus sonhos tem suporte em teus pecados

A tarefa de acreditar na própria mentira lhe faz sofrer
E o medo de nunca mais estar sozinha,
De não viver a sua vida
Torna seus traços mais familiares.

Renascendo da flor de tua alma,
Do fim dos teus dezoito e do fundo do teu futuro
Asas que não voltam nunca se encaixarão com sua imperfeição!

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