sexta-feira, 27 de julho de 2007

my sweet six six six

abraça-me ... como a corda que rodeia seu pescoço
minha doença não tem cura
meu vício não se propaga

tenho o dom de transformar
minha culpa em escudo
meu pessimismo em uma arma contra a
decepção.

brindemos a dor que consegui compartilhar
contigo,pois, o vinho já transborda em nossas taças.
lágrimas de pan... orvalho da solidão...

tentei cultivar promessas
petrificaram-se.
agosto está chegando
e traz consigo tempestades emocionais.

de olhos vendados eu toco teu sexo
exalando o desejo de não ficar só...jamais
teu sangue me aquece e certifica
que não haverá vida,
que meu vírus não se perpetuará.

Um comentário:

L. Fernando Rintrah disse...

Pan chorou!
Baco ofereçe-se ao reconsolo...
Brindemos aos nossos medos!
Brindemos às nossas angústias!
Brindemos à solidão tão certa quanto o desejo de não o ser!
Brindemos às derrotas mais belas, nas quais sempre nos tornamos mais fortes!
Brindemos ao gozo e à doença, pois são uma coisa só!
Brindemos aos inimigos, sem os quais o sentido de tudo seria tão mais irreal!
Brindemos! E embriaguemo-nos!
O tempo é curto, mas não existe!
A vida é bela, mas mais bela é do ponto de vista da morte!