quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

feliz 2008?

destruo para recriar.é preciso reavaliar metas e prioridades.
necessário se faz reescrever sinônimos de sanidade e perfeição.
me tornei um terrorista sentimental que esncodido chora pela próxima vitima.
não sei a causa das injustiças mas sei o quanto delas é culpa minha.
minha falta de aspirações não me trona um acomodado, apenas sentei no
caminho que tu ainda percorres...
minha arte vem sem nome e em várias direções... híbrido,simbiótico,mutante...
retratei meu medo em canções e poemas, minhas fraquezas declamei em versos ,mas jamais deixei de acreditar na força destrutiva, cínica,sarcástica e afrontadora de minhas palavras...
destruo o óbvio,o puro, o sagrado eu blasfemo... insulto a bondade e vejo as entrelinhas de minhas próprias criações.
não gosto de como as coisas são.não gosto da ordem.não sinto tesão pelo tradicionalismo hipócrita e seus seguidores .
a imoralidade me atrai.o veneno de romeu.
prefiro ser eterno rascunho à uma obra-prima concluida e imutável.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007


god is dead!!! hellelluyah!!

olhos insanos

fantasia e ilusão
subterfúgio
esconder virtudes
dispor-se a errar

olhos insanos
fabricam o caos
escravos do medo
propagam a dor

verdades incertas
um estupro mental
ardil como a morte
esperança fugaz

blasfêmia ótica
suicídio da razão
ínvio regresso
irrupção

criar desastres e
um ambiente hostil
justificando o fracasso
com falsa comoção

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

"....talvez a maior desvantagem de fazer parte de uma civilização tecnológica seja o inevitável desenvolvimento de uma série cada vez maior de maneiras dela acabar de uma vez por todas com si mesma..." (texto extraído da super interessante de novembro de 2007)

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

"não quero mudar você,nem mostrar novos mundos
pois eu, meu amor, acho graça até mesmo em clichês.
adoro esse olhar blasé que não só já viu quase tudo
mas acha tudo tão déjà-vu mesmo ates de ver.
sò proponho alimentar seu tédio .
para tanto,exponho a minha admiração.
você em troca cede o seu olhar sem sonhos
à minha contemplação:ai componho uma nova canção.
adoro ,sei lá porque,
esse olhar meio escudo
que em vez de qualquer alcol forte pede água perrier
adoro ,sei lá por que
esse olhar meio escudo
que não quer o meu álcool forte e sim água perrier" (adriana calcanhoto)

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

memórias assassinas

"memórias cortam como navalha.dilaceram a carne .o suicidio do amor levou tudo o que importava embora e enterrou as lembranças em um túmulo sem nome no seu coração.com um beijo venenoso você deu-me uma solidão assassina.com o calor dos braços você me salvou da solidão assassina.você transformou o meu coração em uma tumba.pregado a cruz junto com a tristeza.imploro para desaparecermos.a mentira perdura e denuncia o poder da morte sobre nossas almas.palavras secretas foram ditas para iniciar a guerra."(vile vallo -tradução livre thorn)

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

??????

a vida costuma assustar aqueles que acreditam ter uma esperança..
uma perspectiva maior que a designação dada à nós por um fanfarrão que convenientemente alguns chamam de deus, ou seja, somos meros propagadores de DNA.
sim.você não gostou?sentiu-se menosprezado?
é meu caro e minha cara somos apenas e tão somente um elo na corrente da evolução da espécie.
não temos um nobre propósito como alguns religiosos querem que acreditemos.
tampouco somos máquinas perfeitas a sermos estudadas com dizem intelectuais!!
não sou a imagem e a semelhança de ninguém.
não tenho pai... mãe... não faço parte de família alguma ou qualquer outra baboseira.
sou um espermatozóide errante que cresceu e que está aqui pra propagar minha espécie.
portanto senhoras,senhoritas etc... é melhor todos transarmos logo!! muito sexo!! voluptuoso, selvagem e interminável!!
afinal.... there´s no lifeguard at sperm´s pool!!

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

reflexão

Ávida luz da imensidão
Criamos monstros com nossa omissão
Desfaz-se a vida
O céu é uma mentira

Deixe-me crer que o pecado salvará
E os conflitos da mente
Serão batalhas vencidas pela abstrata intenção
De compreender que o fim é um novo início para nós

dream on

Lares vazios
Tua morada foi invadida pela solidão!
Sentes medo ao olhar para as nuvens
Não se lembra dos detalhes mais íntimos da tua imperfeição

Que mal lhe fez a altura de meus sonhos?
Embriagou-te e deprimiu-te.
Sentes a culpa por não compreender o sorriso
Puro e infantil que está no espelho

Sentes pena de quem chora ao seu lado
...e nesse alguém.
Você vê... A si mesmo!

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

o sol que nunca se põe

espasmos constantes
hipnótica sensação de sobriedade
a luz do sol que nunca se põe
distorce meus pensamentos nebulosos
à merce de uma vingativa sombra
que insiste em assombrar minha libído
um fantasma perdido no deserto da pseudo-revolução
que iniciei anos atrás
e que a falta de coragem ou disciplina
me fez abortar..
transformei sujeira em alimento
e fé em algo repulsivo
caminhando por espinhos
sinto a catarse do meu sangue
jorrando por arenosa plantação
sinto tontura... sinto frio: um suor frio
emudecendo multidões desprovidas de benfeituras
encerrando um ciclo complexo de tormentas e lucidez
um erro que perpetua outro
seu perdão frio nada significa pra mim...


quarta-feira, 26 de setembro de 2007

"...I don't want to let you down. I don't want to lead you on .i don't want to hold you back From where you might belong .
You would never ask me why. My heart is so disguised .I just can't live a lie anymore. I would rather hurt myself .Than to ever make you cry .There's nothing left to say but goodbye ..."(air supply)

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

sucubus


sufocado por sentimentos
muitas pessoas pra culpar.
angustia , o tempo perdido não se cala.
não resisto ao teu delírio,
me embriago em sonhos mórbidos
que semeiam a dor em mim.
seduzido por pecados a espera da cura:
a ilusão de ter o mundo em minhas mãos.
a esperança corroeu minha alma e
hoje beijo a face da morte.
a tentação tem seu rosto
me vejo sucumbindo ao teu prazer
as marcas que o tempo deixou
quebraram minhas asas e
eu me abriguei no inferno...

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

narciso

aperto o nó em minha garganta
ou as vezes seguro com mais força minha afiada navalha
geralmente conforto minha cabeça sobre seu colo volumoso
tenho manchas na pele e cicatrizes por todo corpo
momentos embaraçosos e despedidas contestáveis
memórias passageiras , brigas ocasionais...
um testemunho despudorado e embriagado pela tristeza
choro no vazio de uma lamentável recordação,
perpétua,interminável....
não escolhi a vida, ela me escolheu.
tenho todos os defeitos que sempre sonhei e alguns mais
há um lugar vago a meu lado que insiste em não ocupar-se
hoje em dia nem sei se ainda o quero ocupado...
meu álibi não é convincente e minha condicional é constantemente
violada .
sou fruto do pecado ou sou pecador?
sou um estupro social e uma metáfora sem explicação....
não ,sou apenas um amontoado de DNA, em uma patética crise dos 30...
sou igual à você.aperto o nó em minha garganta
ou as vezes seguro com mais força minha afiada navalha
geralmente conforto minha cabeça sobre seu colo volumoso
tenho manchas na pele e cicatrizes por todo corpo
momentos embaraçosos e despedidas contestáveis
memórias passageiras , brigas ocasionais...
um testemunho despudorado e embriagado pela tristeza
choro no vazio de uma lamentável recordação,
perpétua,interminável....
não escolhi a vida, ela me escolheu.
tenho todos os defeitos que sempre sonhei e alguns mais
há um lugar vago a meu lado que insiste em não ocupar-se
hoje em dia nem sei se ainda o quero ocupado...
meu álibi não é convincente e minha condicional é constantemente
violada .
sou fruto do pecado ou sou pecador?
sou um estupro social e uma metáfora sem explicação....
não ,sou apenas um amontoado de DNA, em uma patética crise dos 30...
sou igual à você.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

"existo desde o amanhecer do mundo até que caia a última estrela da noite.apesar de ter a forma de caius calígula , sou todos os homens e não sou nenhum e então, sou um deus" (caius calígula )

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

abrigos

Solidão trapaceira
Tão parceira quanto à luz
Abraçando-me a noite toda

Procurei por abrigo
No espelho o encontrei
Agarrei-me ao teu reflexo em minhas imagens
E disse adeus ao amanhecer

Tirei meu rótulo para camuflar-me
Deixei fluir a minha sombra e você
Não soube ampara-la

Sou feliz por ter sentido o medo do vazio que
Todo ser possui
Nem sempre precisamos do inverso
Às vezes o universo se torna melhor por ser um só!...

terça-feira, 21 de agosto de 2007


"joão reza todos os dias a uma chaleira de porcelana que está no céu, em órbita entre a terra e marte.ele só namora moças que também acreditam na chaleira e nunca usa camisetas verdes,pois isso é uma grande ofensa à toda poderosa.renato ,vizinho de joão , acredita que o mundo foi criado por um gigantesco monstro voador feito de espaguete.todo mês se encontra com um grupo de espagueteiros para cantar músicas sobre como o monstro é bacana..." (texto extraído da revista super interesante edição ago/07)


"meu grande sonho é a completa destruição das religiões"(richard dawkins)

terça-feira, 14 de agosto de 2007

vulnerável

Mentiras que amenizam
O sangue na boca
Vulnerável!
O perigo me toca
E sinto o frio
Da solidão
Imortal por dois segundos
Eternamente insatisfeito
Meu ciclo de miséria se completa
Piedade cruel e tão mórbida

Vulnerável
As marcas na carne
Enfatizam a loucura
Uma culpa dividida em mil tijolos
Quando a luz se apaga
Estou sozinho, abraço meu caminho
Rumo ao chão
Às vezes me apego às suas crenças
Noutras empunho uma navalha

Decadente e corrompido
Torno-me o mesmo capítulo
Mal escrito da mesma velha estória!

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

mulher (para minha mãe)

Renascendo com a tua beleza e caridade
Nos teus olhos tão sofridos eu vi a falta que te fez a solidão

A estrela que repousa sobre tua cabeça
É pesada e a faz adormecer
Lentamente vamos ao encontro de nossas frustrações

Recebemos o dom divino de termos lágrimas
Tão sadias e tão sádicas

Nunca quisestes prometer, pois,
Da tua boca a ilusão é maestrina
E a dor de ter que repetir por cem mil anos
Que a altura de teus sonhos tem suporte em teus pecados

A tarefa de acreditar na própria mentira lhe faz sofrer
E o medo de nunca mais estar sozinha,
De não viver a sua vida
Torna seus traços mais familiares.

Renascendo da flor de tua alma,
Do fim dos teus dezoito e do fundo do teu futuro
Asas que não voltam nunca se encaixarão com sua imperfeição!

para os que nada vêm

...veio novamente a noite negra da infâmia. chega o fim de nosso ciclo.prometemos brilhar intensamente, até cegar o próprio sol, antes de desaparecer completamente.até o último momento, saudamos o lado obscuro que respalda nosso brilho,luz interior que se espalha através de nossa pequena página na história.estamos á frente...como aos que nos precederam...nossa sinceridade marcou essa lamentável história e abriu outras portas para adentrar nossa tímida luz.nunca ouvistes uma palavra de tão grande de tão pequeno ser.nunca aceitando a doutrina de para poucos o muito e para nós ,nada.agora recolhemos a bandeira e sem descanso,partiremos.cobrimos o rosto,pois o que importa é a obra.prepara vossa fúria,velem suas armas pois a paz partirá como chegou:veloz!ergam suas mãos esquerdas.nos veremos de novo em baixo da terra.(subcomandante insurgente marcos)

terça-feira, 7 de agosto de 2007

"...as vezes acho que não sou o melhor pra você..."(nx0)

"night will come and i´ll follow,for my victms there`s no tomorrow..."(k.king)

"eu não pago as mulheres pra treparem comigo.eu as pago para irem embora na manhã seguinte" (jack nicholson)

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

divagações

Em lugares diferentes assistimos a mesma versão de peças fracassadas
Olhamos ao redor de nossos jardins e vemos o quanto o passado cresceu
Mergulhamos nas gotas doces da depressão, mas, ficamos imunes à sua seiva.
Santificados pelo medo e pelas frustrações que nos acompanham
Divagamos ao lado de lápides de desconhecidos
Inalamos o odor da primavera como o de um rio poluído
Aconchegamos nossos corpos fétidos em esgotos sociais
Vivemos à margem, mas, à margem de que?
O chão estava duro e gelado e decidi me agrupar aos camundongos
Não derrame suas lágrimas por mim e por meus declínios
Sempre haverá outra chance pra eu mostrar o quão inúteis são os retornos.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

my sweet six six six

abraça-me ... como a corda que rodeia seu pescoço
minha doença não tem cura
meu vício não se propaga

tenho o dom de transformar
minha culpa em escudo
meu pessimismo em uma arma contra a
decepção.

brindemos a dor que consegui compartilhar
contigo,pois, o vinho já transborda em nossas taças.
lágrimas de pan... orvalho da solidão...

tentei cultivar promessas
petrificaram-se.
agosto está chegando
e traz consigo tempestades emocionais.

de olhos vendados eu toco teu sexo
exalando o desejo de não ficar só...jamais
teu sangue me aquece e certifica
que não haverá vida,
que meu vírus não se perpetuará.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

gatilho

A MALDIÇÃO SE REFLETE
NOUTRA FORMA DE PODER
RESQUÍCIOS DA GUERRA
VENCIDA POR INIMIGOS

PROMESSAS INSANAS
ATINGEM MEUS SONHOS
SUA CARIDADE
CARREGA SEGUNDAS INTENÇÕES

DISPARANDO A ESMO
PRECES E PALAVRÕES
E SEU OLHAR MÓRBIDO
RECRUTA MULTIDÕES

A LUZ NEGRA QUE ESPALHA
INCOMPREENSÃO
ESCONDE AS SOMBRAS
DE DEMÔNIOS PASSIONAIS

QUE LUCRAM COM CADA
CORPO DECOMPOSTO
E OS MORTOS EMERGEM
SOBRE PEDESTAIS

SUA INTEGRIDADE FERIDA NÃO OFERECE SOLUÇÃO
A ESPERANÇA É UM ALVO
O RISCO É SUA RAZÃO

quarta-feira, 18 de julho de 2007

a flor e a naúsea

Preso à minha classe e a algumas roupas,
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?


Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.

O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.

Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas em ênfase.

Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
Resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida
Todos os homens voltam pra casa.
Estão menos livres mas levam os jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem

Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que me ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.

Por fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista. Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou a poucos uma esperança mínima.

Uma flor nasceu na rua!
Passem longe, bondes, ônibus, rios de aço do tráfego.

Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor... (Carlos Drummond de Andrade)

quinta-feira, 12 de julho de 2007

nautika

Despida de pudor e sacana o suficiente pra causar comentários maldosos na vizinhança, ela adora ir à praia mais distante e exibir minúsculos biquínis coloridos que se fundem com sua pele macia e dourada como o entardecer. Ao notar que está sendo observada, costuma fazer bocas e poses pra chamar ainda mais a atenção. Outro dia estava ela em uma banca de jornal folheando distraidamente umas fofocas ,trajando seu biquíni verde- limão ainda molhado do mar.Quando se apercebeu que o jornaleiro a olhava voluptosamente, ela sorriu e separou as pernas suavemente para lhe oferecer mais nítida visão.Assim era a mais bela e formosa Vênus do canal 2.
Domingo à tarde, num desses verões de quase 40. Fevereiro ou março, não me recordo ao certo. Voltava ela de ônibus em trajes de banho protegida por uma canga transparente que nada ocultava. O ônibus estava cheio e ela cedeu seu banco a uma senhora idosa. Parada após parada o amontoado de gente crescia e ela se sentia presa e excitada.Seus pés mal tocavam o piso e ela temendo cair, segurava-se com as duas mãos no corrimão superior.Cercada por homens salgados pelo mar e sedentos pelo cheiro de sua excitação, que a todo momento encostavam seus membros intumescidos na sua pela já despida da canga protetora.O sacolejo do circular fazia seu corpo enrigecido tremular e tornava sua respiração ofegante.De súbito, um descontrolado sujeito,tirou o pau de dentro do calção e começou a esfregar em sua perna .Ato que foi seguido por outro homem que a circundava e por outro , agora à sua frente.Sem encontrar resistência, aliás o prazer dela era notório, afinal ela adorava ser objetivo da imaginação masculina, eles aumentavam o ritmo das investidas .Mais afoito que todos, um senhor de uns 60 e poucos que estava sentado num banco próximo à cena ,esticou o braço enrugado e desamarrou a parte de baixo do biquíni da beladona, deixando à mostra tão escultural traseiro e pêlos pubianos estrategicamente delineados.O frisson foi total .A moça ensaiou um gemido logo contido pelo rapaz que se posicionava atrás dela. O mesmo tentava exaustivamente adentrar seu instrumento fálico na extasiada moça!Sem obter sucesso devido ao extremo balançar do carro, o rapaz não suportou e ejaculou na bunda da bela N. Em seguida, vendo tal manifestação, os demais “encochadores “ fizeram o mesmo, tornando a perna roliça e torneada da meretriz casual uma verdadeira enchente de esperma.Agora sem conter os gemidos e rebolando pelo desejo, pelo tesão e pelo movimento bruscos das freadas, N também gozou profunda e intensamente.
Chegando a sua parada, conseguindo recuperar apenas a canga, desceu rapidamente para não ser seguida e com um sorriso sacana no rosto lindo e juvenil, correu até o quarto confessar-se com seu diário e masturbar-se novamente, ao som de canções natalinas, sob o pôster do behemoth ...

jardim das obrigações

EU NÃO SEI DIZER: ”TE AMO!”.
NÃO COM TODAS AS PALAVRAS
EU ESCARRO FELICIDADE
AO VER QUE A SOLIDÃO ME EMOCIONA
E FORTALECE MEUS PECADOS

ENTERREI MEU CORAÇÃO
NO JARDIM DAS OBRIGAÇÕES
REPLETO DE FLORES MORTAS
ONDE CULTIVO O SEXO BESTIAL
A MORTE DO PUDOR
A REPULSA PELA PUREZA
E O DESPREPARO DE MEUS PAIS

A MÁCULA NA MINHA ALMA
NÃO ESCONDE MEU DESEJO
POR UM BEIJO SUJO DA
VADIA MAIS BONITA POR QUEM
NUTRI MEUS SONHOS JUVENIS

NAS CINZAS DAQUELES A QUEM NÃO
PERDOEI
EU CHOREI MEUS TRISTES VERSOS
APRENDI A ARREPENDER-ME
E DIZER QUE NÃO AMEI...
NÃO QUEIMEI... NÃO AMAREI.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

iris

escuro...
a dor e a solidão abraçam-na
escrava de prazeres tão cruéis quanto o amor
desfaz-se à sombra dos anos
coração encravado de espinhos e da certeza
que a felicidade tem asas e voa para longe...
muito longe.

insaciável...
a cama vazia, os olhos estranhos
fitando-a como a navalha que corta seus pulsos
pecado é apenas um conceito mundano
amor é abstrato demais para satisfazê-la
ausência é abster-se
e você não é muralha.

romantica...
derradeira imperfeição
contrastando com seus olhos pródigos e esperançosos
sua pele nunca mais foi tocada por demônios do alvorecer
e os anjos não ousam beijar-te de forma tão vulgar

eterna é a dor,
semenado a próxima decepção
os iguais tornam-se opostos em algum momento da vida.

sábado, 7 de julho de 2007

"...cessem as palavras e falem os atos..."(s. antonio)

sexta-feira, 6 de julho de 2007

meus erros ortográficos e gramaticais são intencionais...
minha estupidez é natural...

quinta-feira, 5 de julho de 2007

3/4

esquivo-me dos caminhos certos
para sentar-me à beira da fogueira
e adorar deuses anfetamínicos.
tenho as asas de azazel e a
coragem para beijar a leprosa boca
da perdição

entoando cânticos de sexo e violência gratuita
a torpeza alegria lava as almas
vendida ao demônio minutos atrás.

infestado de indignação
cercado por cães adoecidos e
manequins mutilados,
danço ú durante o velório de meus filhos
natimortos:
sanidade nunca foi minha maestrina.

agora deito-me,munido de tinta e papel
escrevo versos abomináveis e
os dizeres sem sentido de lápides
de suicidas>

quarta-feira, 4 de julho de 2007

holofótes negros

"a política é apenas um reflexo da miséria.
a liberdade reintera e condiciona,os pensamentos são
desilusões de escravidão.
trilhando pelas sombras da cegueira ,os rastros de sua patética vida continuam fortes.
o mundo é uma série de jaulas e pessoas são nações de presidiários.nenhuma escolha oferece solução." (paul pavlov -assuck)

terça-feira, 3 de julho de 2007

os anjos de augustus

(para meu p...)
a culpa não faz sentido
piedade não tem lugar
me alegra saber que seus bronquios estão
supurados pela fumaça de outrora
que suas veias envenenadas levam dor
à seu coração
o fedor de suas feridas alimenta minha esperança

compaixão tem um preço
muito alto para mortais
sua fétida carne não me enoja
sua doença é a vida e se tornou
um espinho em meu caminho
mesmo as flores indígenas não me acalmam

toda paz regressará quando sua partida se aproximar
sorrio para a morte ao seu lado e peço que ela
se apresse.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

vênus

Induzindo espíritos à lugares incomuns
cometendo pecados desconhecidos
pelo simples prazer de ver sua repulsa
estampada em sua gélida face
como um sorriso maquiavélico
como a morte de um anjo

descrevo minha fonte de inspiração
como a vênus de um brodel sujo e barato
a beira do abismo social que rege minha
pútrida vida e meus medos infantis

repulsivo embrião de uma violenta paixão
esquecida na estrada dos devaneios ocasionais
cometida à luz de velas negras
de pensamentos mórbidos
e indagações inconsequentes...
"...todo mundo é capaz de suportar uma dor ,exceto quem a sente..."(nietzshe)